Pesquisar este blog

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

GOIANOS DESTAQUE EM ANTOLOGIA NO RJ


Apresentada ao público leitor em 2010, a XXII Antologia de Poetas e Escritores do Brasil, organizada pelo editor Reis de Souza, incluiu entre os participantes, três goianos. Foram 54 os escolhidos, sendo 16 do Rio de Janeiro, 9 de Minas Gerais, 6 de São Paulo, 6 do Rio Grande do Sul, 3 de Goiás, 2 de Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Pará e 1 do Paraná, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e Paraíba.

Os autores e suas obras foram selecionados pela Revista Brasília, e ficou evidente o interesse dos leitores pela “cultura, pois acorreram autores de todo o País à chamada”. É uma iniciativa consolidada com o tempo, contando com participantes de todos os quadrantes do Brasil.

Nesta última edição, três goianos foram selecionados, sendo eles:

Antônio Vilela Pereira, de Jataí, com a crônica Usos e Costumes;

Marina da Silva Siqueira, de Goiânia, com o poema Uma Canção e uma Prece;

Valdemes Ribeiro de Menezes, de Inhumas, com o poema Do Céu.

A inciativa é extremamente positiva, pois descobre talentos ocultos e os eleva ao conhecimento de leitores de todos os níveis e pontos geográficos, tirando-os do anonimato e dando-lhes a oportunidade de se tornarem conhecidos e, quiçá, apreciados, catapultando-os aos píncaros da reputação no âmbito das letras.

Para os que, entretanto, já se encontram entre os mais destacados, a Antologia tende a elevar-lhes ainda mais no conceito literário regional e nacional. Como é o caso do escritor goiano/inhumense.

Abaixo, a transcrição do poema do escritor e acadêmico de Inhumas-GO, Valdemes Ribeiro de Menezes, um dos selecionados pela Revista Brasília e publicado na página 113 da XXII Antologia de Poetas e Escritores do Brasil:

DO CÉU

Obrigado pelo contado de sua mão.
Comigo que não acontecia nada,
terminando o dia
como costuma morrer o Sol,
você veio e me salvou.

Quem está danado da vida
descobre que viver
é também gostar dos outros.
Não é gostar sozinho,
é ganhar simpatia.

Como pôde você, sem me conhecer,
correr atrás de mim, pagar na minha mão
(que beleza, meu bem!)
e me presentear com um sorriso?
Nem minha carranca impressionou...
Por quê?

As crianças têm Deus.
Por sua causa tomei um café.
Por sua causa eu sorri.
Em homenagem a você,
linda menina de 3 anos,
eu estou feliz em Copacabana.


Rio de Janeiro/1958

Nenhum comentário: