Aníbal Silva*
Nome derivado do verbo inglês “to crack”, que significa rachar, fender, quebrar, é uma potente droga produzida a partir da mistura de cocaína com bicarbonato de sódio, adquirindo assim maior potencial de destruição, dependência e alienação, tendo em vista possuir efeito mais rápido e preço menor no mercado consumidor. E comparada com sua parceira, a cocaína, ela chega com facilidade ao sistema nervoso central e seu uso pode se repetir por mais vezes.
Os efeitos e males produzidos pelo crack são diversos e enormes. E uma vez inalado chega ao cérebro em cerca de 10 segundos, com resultado imediato: perda de capacidade cerebral, elevação da temperatura do corpo, acidente vascular cerebral, destruição dos neurônios, degeneração dos músculos, inibição da fome, insônia e outras conseqüências bastante desastrosas para a saúde. Ainda no cérebro, a região responsável pelo prazer é altamente atingida, quando após o uso vem a melancolia, a depressão, a tristeza e o arrependimento por possíveis atos de violência cometidos. E quanto mais fumada, mais a droga corrompe esse centro de prazer.
É interessante saber que a fumaça do crack é absorvida pelos pulmões e vai direto para a corrente sanguínea e, em segundos, a mesma chega ao sistema nervoso central. E depois de cheirar algumas vezes, há uma constrição nos vasos do septo nasal, o que dificulta a absorção da cocaína.
O avanço no uso do crack preocupa enormemente os órgãos responsáveis pela segurança pública em nosso Estado, notadamente entre os adolescentes, comprometendo seriamente a saúde das pessoas e inquietando as famílias e a sociedade como um todo. Com seu uso a criminalidade aumenta assustadoramente, gerando a elevação dos índices de prostituição, furtos, roubos, assassinatos e de outros delitos.
Como se não bastasse às inúmeras espécies de drogas existentes, os traficantes e usuários estão fabricando o “zirrê” ou “mesclado”, uma perigosa mistura de maconha e crack. E utilizando-se da moderna técnica da engenharia genética, desenvolvem igualmente a chamada “maconha híbrida”, obtida em laboratório a partir do cruzamento de espécies variadas do produto.
Urge, portanto, o desencadeamento de ampla campanha de esclarecimento público sobre os malefícios destas drogas que estão destruindo grande número de crianças e jovens.
*Aníbal Silva é jornalista e delegado especial de Polícia de Classe Especial; integrante da Loja Maçônica Paz Universal nº 17 – GLEG.
Fonte da foto: Universo Maçônico
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