Ludmila Ferreira dos Anjos*
Muitas vezes, infringimos leis, não acatamos regras pelo simples fato de querermos ser beneficiados no que fazemos. Quantas vezes não vemos pessoas sem deficiência pegar vagas destinada aos deficientes? Deficientes relatam na mídia, constantemente, agressões indiretas sofridas por eles. Agressões essas que ferem os Direitos humanos.
Deficientes de todas as idades sofrem em seu dia-a-dia. Certa feita um deficiente visual foi impedido de entrar num trem por estar acompanhado de seu cão. Episódio esse, ocorrido em São Paulo e que rapidamente foi parar no Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Humana Portadora de Deficiência), órgão criado para acompanhar o desenvolvimento de uma política nacional para a inclusão da pessoa com deficiência; teve também uma grande repercussão na imprensa. Após esse triste fato, foi imposto em âmbito nacional que os deficientes visuais podem transitar livremente em todos os lugares acompanhados do seu cão-guia, se o tiverem. Para a lei mudar, infelizmente, deve haver um inocente pagando atos cruéis. Pena que nem todos os deficientes exponham as discriminações ou retalhamentos (de direitos) pelos quais passam.
Em Goiânia, uma adolescente de grande dom intelectual desejou ir a um teatro, mas não pôde. Ela teve glaucoma e tem menos de 20% de vista de ambos os olhos. A jovem só teria condições de ver o teatro se se sentasse na primeira fila, entretanto ela foi impedida de seu direito, sendo informada que os lugares estavam reservados.
Enquanto persistir essa impunidade, cerca de 24,6 milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou incapacidade, segundo dados do IBGE, serão suprimidas de seus direitos.
Temos de conviver com as diferenças, sem ter dó nem piedade. Aonde irão aqueles que necessitam de nossa ajuda? E acima de tudo lembramos que somos todos iguais e livres para fazer qualquer tipo de escolha.
*Ludmila Ferreira dos Anjos é aluna do Colégio Prevest, de Goiânia, cursando o 6º Ano ao Pré-Vestibular.
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