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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DÊ ÀS UNIVERSIDADES AUTONOMIA


Ludmila dos Anjos*

Num certo dia, após o término das aulas na Universidade de Lisboa, todos os alunos do curso de Sociologia vão embora, menos Pedro, que procura seu professor de psicanálise para tirar uma dúvida.

– Boa noite, mestre.

– Boa noite, Pedro. Qual é a dúvida desta vez?

– Mestre, venho ao seu encontro, para discutirmos sobre a Universidade de Bolonha que ultimamente está no centro de uma grande polêmica, especialmente no que se refere à questão central da sua autonomia, em relação ao mercado e ao Estado. Veja, eu trouxe três matérias diferentes que encontrei na internet e mais dois jornais que falam sobre o assunto e gostaria de saber sua opinião. As universidades devem ser autônomas ou devem submeter-se às exigências do mercado de trabalho?

O professor Ricardo Manuel nem reparou nas matérias e jornais que Pedro levou e foi logo indagando:

– Pedro, sua pergunta é bastante inteligente. Eu defendo a autonomia das universidades, pois se elas ficarem submetidas somente às exigências do mercado de trabalho, as pesquisas do ensino superior ficarão submetidas só à beleza corporal, à estética. Com a autonomia as universidades têm a liberdade de fazer qualquer tipo de pesquisa.

– Mas, professor Manuel, para os alunos seria mais viável, pois teríamos livre mobilidade, já que os currículos seriam unificados e isso aumentaria a competitividade do ensino superior no cenário mundial; sou completamente a favor.

– Pedro, como sempre inflexível, mas o bom é que Deus nos deu o livre arbítrio, que dá a cada ser humano o direito de liberdade de escolha.

Manuel pede licença e sai não muito satisfeito, pois seu ilustre aluno não entendeu que o segredo é ser autônomo.

*Ludmila Ferreira dos Anjos é aluna do Colégio Prevest, de Goiânia, cursando o 6º no ao Pré-Vestibular.

Fonte da ilustração: http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=imghp&biw=1020&bih=596&q=universida+de+de+lisboa&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

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