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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PRÓ-RIMA



Rui Gonçalves Doca*



Dizem que prosa não aceita rima.
Visto por cima, pode ser verdade;
Mas eu que tenho os olhos mais em baixo,
Digo o que acho; - uma banalidade!


Quando isso ocorre ocasionalmente,
Julgo prudente ser mantido impune
Quem sempre esteve certo até aqui
E sobre si mais culpa não reúne.


De há muito, há aprosa impregnando o verso;
Escolho imerso na arrebentação...
Porque não pode conviver aquela
Sem mais querela e sem presunção,


Com a rima humilde e despretensiosa,
Qual uma rosa em seu hibridismo?
Daí se colhem as flores mais lindas!
Mais do que as vindas do separatismo.


Se as demarcações estão diluídas,
Quedam rompidas todas as fronteiras.
Onde os limites foram removidos,
Não há vencidos. Caem-se as barreiras...


Mesmo que afirmem ser literatice,
Alguém já disse – ser a terra plana!
Muitos lutaram por um ideal;
Mas afinal, qualquer um se engana!


Do livro: Quando voam as Borboletas


*Rui Gonçalves Doca é escritor, associado à Associação Goiana de Imprensa e membro da loja maçônica Liberdade e União, de Goiânia-GO.


Fonte: Jornal Liberdade e União
www.liberdadeeuniao1158.com.br

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