quinta-feira, 22 de julho de 2010
Soneto
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado
Sagrada emanação da Divindade,
Aqui, do cadafalso eu te saúdo;
Nem com tormentos, com reveses, mudo;
Fui teu votário e sou, ó Liberdade!
Pode a vida, brutal ferocidade,
Arrancar-me em tormento mais agudo;
Mas as fúrias do déspota sanhado
Zomba d’alma a nativa dignidade.
Live nasci, vivi, e livre espero
Encerrar-me na fria sepultura,
Onde Império não tem mando severo.
Nem da morte a medonha cataruda
Incutir pode horror, num peito fero,
Que dos fracos, tão-somente, a morte é dura.
*Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado (*01/nov/1773 - +05/dez/1845 – Era irmão do Patriarca e maçom)
Fonte da ilustração: http://retaguarda.obrabonifacio.com.br/midias/imagens//44eb19a832009f9a.jpg
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Um comentário:
Bom amigo, gostei muito do seu blog, parabéns e muito sucesso, saudades!
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