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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A POESIA DE GABRIEL NASCENTE EM PORTUGAL


Hélio Nascente*

De autoria de lusitano Joaquim de Montezuma de Carvalho (Coimbra, 1928; Lisboa, 2008), a obra "A Poesia de Gabriel Nascente em Portugal" (ensaios críticos) veio a lume no ano passado, editada simultaneamente em Lisboa, Goiânia e Porto.
Aí, o grande Montezuma expressa sua visão do poeta goiano: "... inquieto e convulsivo (...) agarra as palavras desamparadas no solo, caídas como bruto sílex abandonado no chão, e logo as consegue trabalhar aguçando-as, lapidando-as...". Mais adiante: "Porque a poesia é neste Gabriel Nascente – um nome onde há Deus, o el final do judaico nome Gabriel significa Deus em hebraico – todo um processo de amor ao próximo imerso na vida, ao sol ou às sombras, como ele próprio poeta está".
Já sobre o autor da obra, o próprio Gabriel expressara em versos:

Ó grande Montezuma de Carvalho, o maquinista
das expressões neo-revolucionárias – a guiares
o trem de textos pelas vagas do louco tempo:
uií, uíí, uííí... E a bordo desse périplo, vultos
imortais viajam, em elos de amizade terreal –
Borges, Bandeira, Paz, Drummond, Cortázar, Gabito,
e outros íncolas da eternidade.

Com essa obra, a poesia do sempre jovem e jovial Gabriel Nascente, já conhecida na lusitana Pátria Mãe, brilha ainda mais na península de Camões e "perpetua-se a flama da poesia entre os homens".
Montezuma de Carvalho constata e reproduz as letras de Gabriel:

"Os derradeiros versos do livro forte de Gabriel Nascente [Viagem às criptas de Dante] são estes, de abraço e retorno à luz, a luz do nosso aqui:
Depois,
o caos
venci;
e do tráfego do sono
para a
luz, subi.
No passado encontro
o meu presente."

*Hélio Nascente é jornalista e redator do Jornal da Cultura Goiana, de Goiânia-GO

Fonte: http://www.radiolusofona.net/noticias_view.php?id=13

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